candeia que vai adiante é que alumia
sempre acreditei
que pontes em chamas
iluminavam meu caminho
mas fui sempre eu a pegar-lhes fogo
passaste anos
a despejar ameaçadoramente
litros e litros de gasolina
na ponte que nos unia
para tua surpresa
fui eu que a incendiei
com a beata de um pachorrento cigarro
assim que o terminei
fumei-o enquanto esperava
que atravessasses
essa ponte
agora
reduzida
a
cinzas
:: quinze de setembro de dois mil e vinte e um
deixar um comentário