Critica por favor o meu elevado ego

18/06/2021

capítulo sétimo

manifesto — João Oliveira @ 03:43

o guilherme entretanto entrara no quarto, à procura do amigo, mas este não deu pela sua presença. o andré ainda segurava a pequena caixa negra de veludo entre as mãos quando se apercebeu de que o guilherme estava de pé, a seu lado, de olhar meio estarrecido, meio embaraçado, a olhar para ele.

– desculpa, puto, não queria mexer em nada – balbuciou apressadamente. – estava a tentar apanhar algumas coisas para arrumar e encontrei a caixa…

não sabia também o que dizer, porque acreditava que aquela situação não deveria ser fácil para o amigo, depois de tudo o que tinha passado nos últimos meses. por isso mesmo, também não quis fazer muitas perguntas e quis deixá-lo completamente à vontade.

o guilherme sentou-se, suspirou, e começou a desabafar com o amigo, como há muito não fazia e bem precisava.

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o guilherme entretanto entrara no quarto, à procura do amigo, mas este não deu pela sua presença. o andré ainda segurava a pequena caixa negra de veludo entre as mãos quando se apercebeu de que o guilherme estava de pé, a seu lado, de olhar meio estarrecido, meio embaraçado, a olhar para ele.

– desculpa, puto, não queria mexer em nada – balbuciou apressadamente. – estava a tentar apanhar algumas coisas para arrumar e encontrei a caixa…

não sabia também o que dizer, porque acreditava que aquela situação não deveria ser fácil para o amigo, depois de tudo o que tinha passado nos últimos meses. por isso mesmo, também não quis fazer muitas perguntas e quis deixá-lo completamente à vontade.

o guilherme sentou-se, suspirou, e começou a desabafar com o amigo, como há muito não fazia e bem precisava.

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05/04/2021

capítulo quarto

manifesto — João Oliveira @ 20:00

horas depois de ela ter saído, guilherme permanecia sentado na cama ainda por fazer, a fumar um pachorrento cigarro, como se nada tivesse acontecido. os lençóis, revoltos, o perfume que ainda se sentia no ar e a pouca roupa que ela deixara para trás, no fundo de uma ou outra gaveta, eram os únicos vestígios que havia de que ela ali tinha vivido nos últimos dois anos e meio.

estava tão absorto no seu cigarro, sentado na beira da cama, que nem reparou que ela entretanto regressara a casa, entrara no quarto em silêncio e levara o que restava dos seus pertences. assim se deixou ficar. acendeu outro cigarro, encostou-se na cama, a janela por trás a iluminar o quarto como um cenário de guerra, os cacos do coração os despojos, e entregou-se à inevitável certeza de que ela nunca mais voltaria.

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20/06/2020

capítulo primeiro

manifesto — João Oliveira @ 00:03

era sábado à tarde. sim, foi definitivamente a um sábado à tarde. como poderia esquecer aquele sábado à tarde? a ressaca com que acordou adormeceu-lhe a alma e o espírito e ele não conseguiu perceber logo à primeira o que ela estava a dizer-lhe havia quase meia hora.

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19/09/2019

Capítulo último

manifesto — João Oliveira @ 23:39

nessa noite, chegou a casa, cansado. havia muito tempo que não saía assim do trabalho, completamente de rastos, a querer apenas estar horas no duche, a levar com a água quente no corpo dorido, enfiar-se debaixo dos lençóis e dormir até o despertador o acordar, sobressaltado, de manhã.

no momento em que ia a colocar a chave na fechadura, lembrou-se da discussão dessa manhã e o que o esperava do outro lado da porta. respirou fundo, com a chave ainda suspensa no ar, rodou a fechadura e entrou, decidido a enfrentar a fúria da sara.

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