vou estar a contá-los
conhecemo-nos há quanto tempo? há quantos anos? há mais do que duas mãos podem contar.
conhecemo-nos onde, lembras-te? foi na catequese. era à quarta-feira à tarde com o francisco e a marta. passávamos a hora toda na galhofa a fazer merda e a gozar com o tiago, aquele gordinho de óculos filho de uma amiga da minha mãe que tinha nome de país.
é verdade, o tempo passou.
depois fui eu quem te apresentou ao pessoal lá dos escuteiros, fui eu que te fiz entrar para os escuteiros. fomos conhecendo lá gente que veio e que foi mas nós ficámos sempre.
eu, tu, o dinis, o andré lages, o joão filipe, a margarida e o andré martins. nós ficámos sempre.
tenho saudades do tempo em que íamos acampar todos juntos, as idas ao cinema, as tardes sem fazer nenhum no campo de futebol da paróquia ou no skatepark ao pé de minha casa, as nossas saídas à noite que acabavam sempre em comédia. sinceramente sabia que podia contar contigo para tudo e tu comigo também. então naqueles filmes da margarida, obrigado. é isso mesmo.
hoje estás em moçambique, térra di prêto, ou em angola, que é a mesma coisa. estás longe, estás do outro lado do mundo. e eu sinto muito a tua falta. das nossas conversas. dos nossos acampamentos todos malucos. das nossas saídas. de tudo o que fazíamos juntos.
já lá vão não sei quantos anos, já lhes perdi a conta. quantos mais para voltares? não sei. mas vou estar a contá-los.
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